A Associação dos Agropecuários de Beruri (ASSOAB), organização do portfólio NESsT Amazônia - Incubadora da Floresta, tornou-se a primeira entidade comunitária de processamento de castanha-do-brasil a receber o Cadastro Geral de Classificação, importante licença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) voltada a produtos de origem vegetal.
Com a certificação, a ASSOAB poderá exportar as castanhas coletadas por seus associados.
A ASSOAB gerencia uma das maiores agroindústrias de processamento de castanha, localizada em Beruri, Amazonas. O trabalho de assistência técnica da associação aos extrativistas da castanha garante sustentabilidade à atividade, promovendo igualdade social e econômica entre seus associados, o respeito aos valores tradicionais e a conservação da floresta.
Hoje, a associação adquire a castanha in natura, a preços justos, de 126 famílias da Terra Indígena Itixi Mitari e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçú-Purus. Também emprega formalmente mais de 60 pessoas, entre as quais 40% são mulheres. A exportação da castanha deve ampliar as vendas da associação e a geração de mais renda sustentável para as comunidades extrativistas.
Parceria NESsT Amazônia
A ASSOAB foi a segunda organização a ingressar no portfólio NESsT Amazônia, parceria estratégica com USAID, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), Erol, Cisco Foundation e CLUA. O investimento da NESsT equipará a associação para diversificar suas linhas de produtos e alcançar novos mercados. Para aprimorar os esforços de conservação da ASSOAB, que protegem quase 1,2 milhão de hectares de florestas nativas, a NESsT ajudará a associação a melhorar seu processo de monitoramento e rastreamento de impactos.
Em 2022, em parceria com a Natura, a NESsT também apoiará a construção da segunda fase da agroindústria, incluindo sua expansão e compra de equipamentos para produção de óleo de castanha.
“A certificação da ASSOAB é um importante passo no sentido de ampliar seus mercados e clientes e assim, buscar melhores preços para a castanha, fortalecendo a renda dos extrativistas do Baixo Purus”, afirma Marcelo Cwerner, gerente de portfólio NESsT.
Com informações de https://pcabhub.org/en-us/news/news-highlights/first-community-based-brazil-nut-processing-plant-receives-export-license